O ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, nega que participou de uma operação durante licença para incriminar o miliciano Orlando Curicica. Em depoimento à Polícia Federal, Curicica acusou Rivaldo de ter desviado uma investigação em 2012, fazendo com que ela apontasse como culpado o miliciano.
Mesmo de licença, o ex-chefe teria participado de uma ação que apreendeu uma arma na casa da companheira de Curicica, durante a investigação de um homicídio em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Rivaldo ainda teria extorquido 20 mil reais da mulher, para que ela não fosse indiciada. O armamento apreendido acabou sendo destruído.
Uma das pessoas que também participou da ação foi Rafael Aurélio, que trabalhou em uma empresa cujos sócios eram Rivaldo e a esposa. No entanto, em depoimento, em junho, o ex-chefe da Polícia disse que não estava na operação e que não sabia que Rafael tinha participado.
Em dezembro de 2018, após depoimento de Curicica, Giniton Lages reabriu as investigações do caso, mas as encerrou em 15 dias, sem qualquer novidade.
As informações fazem parte de um novo relatório da PF, que apura desvios na investigação do caso Marielle. Na época que Rivaldo era chefe da Polícia Civil e Giniton chefa da Delegacia de Homicídios da Capital, Orlando Curicica também chegou a ser apontado como responsável pela morte da vereadora, o que, depois, se revelou como uma tentativa de atrapalhar a apuração do caso.
A BandNews FM tenta contato com Giniton Lages.
Os advogados de Rivaldo Barbosa, Felipe Dalleprane e Marcelo Ferreira, afirmam que a conclusão adotada pela PF no indiciamento de Rivaldo por obstrução de justiça é pura ficção, sem elementos concretos de prova.
