Mais de 23 ocorrências envolvendo balões foram registradas na área do Aeroporto Internacional Tom Jobim, desde o início do ano, segundo a RioGaleão, concessionária que administra o terminal. A previsão é a de que até o fim do ano, o número aumente em relação a 2022, quando foram registradas 68 ocorrências.
Para o comandante de linha aérea Fernando Pamplona, entre os principais problemas enfrentados pelos pilotos está o fator surpresa. Pamplona explica que os danos são imprevisíveis e que as aeronaves não são fabricadas para lidar com esse tipo de choque.
No período das festas juninas, o número de solturas aumenta. No ano passado, foram 32 registros de queda de balão no aeroporto internacional do Rio, 47% do total do ano. Por isso, a concessionária Riogaleão lançou a campanha #NãoCaiBalão, com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos que essa prática ilegal representa tanto para a aviação civil quanto para o meio ambiente.
A campanha conta com conteúdo educativo nas redes sociais e ações em escolas das comunidades próximas ao aeroporto.
O Galeão já realiza um trabalho de monitoramento para identificar balões e diminuir os riscos de queda no sítio aeroportuário e nas áreas próximas. Para isso, um time especializado opera em diversos pontos de visualização, monitorando a área operacional por meio de câmeras de segurança e comunica a presença de balões na proximidade das cabeceiras para a Torre de Controle que informa aos pilotos, reduzindo riscos de colisão e problemas de pousos e decolagens.
A gerente de segurança do Galeão, Estrela Andrade, afirma que os balões podem carregar uma quantidade grande de combustível, e que ao cair na pista, podem ocasionar em incêndios e prejuízos catastróficos.
O comandante Fernando Pamplona diz que além de atrasos, a queda de balão causa prejuízos financeiros para as companhias, porque a demora nos pousos e decolagens resulta em um gasto de combustível além do planejado. Soltar, vender e transportar balão é crime. A pena é de detenção de um a três anos e multa.