Rio Galeão deve ter aumento de ocorrências envolvendo balões em 2023

Concessionária lança campanha sobre os riscos de soltar balões

Por Julia Kallembach

Rio Galeão deve ter aumento de ocorrências envolvendo balões em 2023
Balão cai perto de aeroporto em São Paulo
Reprodução

Mais de 23 ocorrências envolvendo balões foram registradas na área do Aeroporto Internacional Tom Jobim, desde o início do ano, segundo a RioGaleão, concessionária que administra o terminal. A previsão é a de que até o fim do ano, o número aumente em relação a 2022, quando foram registradas 68 ocorrências.

Para o comandante de linha aérea Fernando Pamplona, entre os principais problemas enfrentados pelos pilotos está o fator surpresa. Pamplona explica que os danos são imprevisíveis e que as aeronaves não são fabricadas para lidar com esse tipo de choque.

No período das festas juninas, o número de solturas aumenta. No ano passado, foram 32 registros de queda de balão no aeroporto internacional do Rio, 47% do total do ano. Por isso, a concessionária Riogaleão lançou a campanha #NãoCaiBalão, com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos que essa prática ilegal representa tanto para a aviação civil quanto para o meio ambiente.

A campanha conta com conteúdo educativo nas redes sociais e ações em escolas das comunidades próximas ao aeroporto.

O Galeão já realiza um trabalho de monitoramento para identificar balões e diminuir os riscos de queda no sítio aeroportuário e nas áreas próximas. Para isso, um time especializado opera em diversos pontos de visualização, monitorando a área operacional por meio de câmeras de segurança e comunica a presença de balões na proximidade das cabeceiras para a Torre de Controle que informa aos pilotos, reduzindo riscos de colisão e problemas de pousos e decolagens.

A gerente de segurança do Galeão, Estrela Andrade, afirma que os balões podem carregar uma quantidade grande de combustível, e que ao cair na pista, podem ocasionar em incêndios e prejuízos catastróficos.

O comandante Fernando Pamplona diz que além de atrasos, a queda de balão causa prejuízos financeiros para as companhias, porque a demora nos pousos e decolagens resulta em um gasto de combustível além do planejado. Soltar, vender e transportar balão é crime. A pena é de detenção de um a três anos e multa.

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