O sistema de reconhecimento facial que já é usado para localizar criminosos com mandados de prisão em aberto também vai ajudar a identificar o paradeiro de pessoas desaparecidas.
Com a assinatura de um acordo entre a Polícia Militar e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, a promessa é que a novidade comece a funcionar na segunda quinzena do mês.
A tecnologia analisa os rostos de quem passa pelas 137 câmeras instaladas pela PM em pontos de grande circulação e por outras fornecidas por parceiros, como a Prefeitura do Rio, a Rodoviária do Rio, a SuperVia e o metrô.
As imagens são enviadas em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle. Sempre que algum desaparecido passar por uma das câmeras e for reconhecido, o sistema vai emitir um alerta para que uma equipe seja enviada ao local.
A porta-voz da Polícia Militar, Cláudia Moraes, afirma que o uso da tecnologia vai acelerar a identificação de desaparecidos.
O sistema inicialmente vai ser alimentado apenas com fotos de crianças e adolescentes. Depois, tecnologia deve ser expandida, para também ajudar a localizar adultos desaparecidos.
O coordenador de políticas para pessoas desaparecidas da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Márcio Carvalho, defende a importância do projeto.
Apenas neste ano, são quase 3.500 casos de pessoas desaparecidas em todo o estado do Rio. Cerca de 100 crianças e adolescentes seguem sendo procurados.
Desde 2022, Cleia Fabiana Mattos procura pelo filho, Nykollas, que foi visto pela última vez em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
Desde que o sistema de reconhecimento facial começou a funcionar, no Réveillon, mais de 330 pessoas foram presas, o que equivale a cerca de 10% de todos os mandados de prisão cumpridos pela PM.