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Rio registra 2.254 casos de roubos de veículos em julho deste ano, aponta pesquisa

Em média, foram mais de 72 roubos de veículos por dia no mês

Por João BoueriGabriela Morgado

Rio registra 2.254 casos de roubos de veículos em julho deste ano, aponta pesquisa
Reprodução/Redes sociais

O número de roubos de veículos no estado do Rio quase dobrou em julho deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 2.254 registros, contra 1.165 em julho de 2023, um aumento de 93%. Em média, foram mais de 72 roubos de veículos por dia no mês. Os dados são do Instituto de Segurança Pública. Na comparação entre os primeiros semestres dos dois anos, o aumento foi de 15,3%.

Já os roubos de rua tiveram aumento de 22% entre os meses de julho e de 10,7% entre os semestres.

O aumento no total de roubos foi de 30% entre os meses de julho. Só nos primeiros seis meses de 2024, foram mais de 58 mil roubos, de todos os tipos, e mais de 105 mil furtos.

Os dados ilustram uma fala do governador Cláudio Castro ao jornal O Globo sobre a troca de comando na Polícia Civil. Nesta terça-feira (3), ele disse que a mudança foi uma decisão dele, motivada pelo "aumento gigante da violência" e piora dos índices.

Em publicação nas redes sociais, Cláudio Castro tinha dito que as alterações foram feitas para fortalecer as forças de segurança do estado.  

Apesar disso, os índices de letalidade violenta caíram 17,5% entre os semestres e 3% entre os meses de julho. Já os roubos de carga diminuíram 33,8% nos primeiros seis meses de 2024, mas registraram aumento de 82% na comparação mensal. Os cumprimentos de mandados de prisão aumentaram 32,5% entre os semestres.

Mas, segundo fontes da BandNews FM, a demissão do secretário Marcos Amim aconteceu, porque ele faltava a reuniões convocadas por Cláudio Castro com autoridades e vinha promovendo mudanças na polícia, inclusive com a troca de chefes de setores, de forma individual, sem consultar os demais responsáveis.

Na última segunda-feira (2), por exemplo, o delegado Maurício Demétrio foi intimado a apresentar defesa, após a conclusão de um Inquérito Administrativo da Polícia Civil, que apurou um suposto esquema de propina em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.  

Marcus Amim ainda prestou depoimento à Polícia Federal sobre as investigações do assassinato de Marielle Franco, citando nomes da Polícia Civil.  

Essa é a quarta troca no comando da instituição pelo governador. O especialista em segurança pública José Ricardo Bandeira ressalta que, além de um problema de segurança, a medida revela a prática de intervenção na Polícia Civil.

Para que Marcus Amim fosse nomeado, foi preciso que a Assembleia Legislativa aprovasse uma mudança na lei, que permitiu que delegados com menos de 15 anos na função pudessem chefiar a Secretaria de Polícia Civil.

Como o nome de Amim foi uma indicação do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, e do deputado Márcio Canella, Cláudio Castro aceitou fazer uma segunda nomeação, de alguém ligado aos parlamentares: Tarciso de Salles Junior, novo comandante do Corpo de Bombeiros. Ele substitui Leandro Monteiro, que estava há quase 30 anos na corporação. Ainda segundo fontes da BandNews FM, Castro ofereceu um cargo a Monteiro na diretoria da Cedae, o que foi recusado por ele.

 Marcus Amim será substituído pelo delegado Felipe Curi. A troca foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (4).

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