O Rio de Janeiro é considerado o segundo estado mais violento do Brasil contra lideranças políticas, atrás somente de São Paulo, aponta pesquisa do Observatório da Violência Política e Eleitoral da Unirio. Foram 128 casos entre abril e junho de 2024, um aumento de 117% em relação ao trimestre anterior. Nesse período, o Rio registrou 15 ocorrências.
Episódios que envolvem agressões, ameaças, atentados e chegam a homicídios. Para o pesquisador Miguel Carnevale, é uma escalada de violência.
O crime mais comum se enquadra em violência psicológica, são as ameaças, as intimidações que vão se escalonando, são raros, mas a gente vê alguns casos que a pessoa é ameaçada, essa ameaça ganha um grau mais radicalizado e ela acaba sendo vítima de um atentado ou homicídio
Essa semana, o candidato a vereador de Tanguá, na Região Metropolitana, Wellington Aguiar Mendonça, foi morto a tiros. O corpo foi encontrado de um carro por policiais militares e é investigado se houve motivação política. O caso não é isolado. Em junho, o pré-candidato a vereador em Guapimirim, Lili da Kombi, foi morto. Juliana Lira, que concorria a uma vaga em Nova Iguaçu, e seu filho, também foram executados.
A Baixada Fluminense concentra o maior número de ocorrências. Entre 2020 e 2024, a região concentrou 52% dos assassinatos de políticos. Duque de Caxias e Nova Iguaçu lideram o levantamento.