Responsável por lipoescultura que vitimou mulher será ouvido pela polícia

O laudo de necropsia apontou que Lindama Benjamin teve o intestino perfurado e hemorragia

Por Thuany Dossares

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Lindama Benjamin de Oliveira, de 58 anos, morreu na madrugada deste sábado
Reprodução

O cirurgião plástico Heriberto Ivan Arias Camacho deve ser ouvido por policiais da Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP) nesta quinta-feira (16). O médico foi responsável pela lipoescultura na empresária Lindama Benjamin, de 59 anos, que morreu um dia depois do procedimento na Clínica Vitée, na Barra. O laudo de necropsia apontou que Lindama teve o intestino perfurado e hemorragia.  

Além do médico, uma paciente é esperada na quinta-feira para prestar depoimento na delegacia. Ela também afirma que passou por problemas durante uma cirurgia com Heriberto Camacho. Ainda de acordo com os policiais, uma segunda mulher também ficou de ir até a unidade prestar depoimento, mas sem data marcada.

Na segunda-feira (13), o viúvo de uma outra paciente que morreu após um procedimento realizado pelo cirurgião plástico, em maio do ano passado, prestou depoimento, na Delegacia de Vicente de Carvalho (27ª DP). Carlos Lima decidiu procurar a Polícia Civil após a repercussão do caso de Lindama. Segundo o marido, ao chegar em casa depois do procedimento, Mônica Sueli da Silva começou a sentir dores e falta de ar, além de não conseguir se alimentar direito. Após diversas tentativas de falar com o médico, o marido decidiu levá-la de volta ao hospital, onde foi internada novamente e morreu.

Heriberto também já tinha sido condenado em 2020 a pagar R$ 68 mil a uma paciente por danos morais, materiais e estéticos. Além disso, ele ainda responde a três processos cíveis de pacientes que o acusam de erro médico. Heriberto também foi processado por outra acusação de erro, mas foi absolvido.

Na segunda-feira (13), a Clínica Vitée foi interditada durante uma ação realizada por agentes da Delegacia do Consumidor e da Vigilância Sanitária do município. Segundo a polícia, o local não tinha alvará para realizar aquele tipo de procedimento e deixou de cumprir medidas sanitárias. Além disso, foram encontradas diversas irregularidades, como produtos e aparelhos insuficientes para reversão de paradas cardiorrespiratórias e incapacidade para atendimentos relacionados a complicações cirúrgicas.

Familiares de Lindama já haviam denunciado que a clínica não tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

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