Dois representantes do hospital onde Gleice Kelly Gomes teve a mão e o punho esquerdos amputados prestaram depoimento à Polícia Civil. Eles foram à Delegacia do Tanque, na Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira (24).
Na segunda (23), Gleice Kelly também prestou depoimento, por mais de cinco horas. Na próxima quinta-feira (26), vai ser a vez do marido e da mãe da vítima serem ouvidos.
De acordo com a advogada de Gleice Kelly, Monalisa Gagno, nesta terça-feira ainda houve uma reunião com dois médicos da empresa responsável pelo hospital e com a família de Gleice. Segundo ela, além do Conselho Regional de Medicina, o Ministério Público e a Agência Nacional de Saúde Suplementar atuam juntos para apurar o caso.
O caso ocorreu em outubro do ano passado, no Hospital da Mulher Rede Intermédica, que fica na Barra da Tijuca.
Em nota, a direção da unidade disse que, apesar de o parto ter ocorrido sem problemas, o quadro de Gleice evoluiu para hemorragia e, para salvar a paciente, foi preciso amputar os membros dela.
O Hospital também disse que o braço esquerdo da paciente foi tratado desde os primeiros sinais de isquemia, com piora do quadro com trombose venosa, e, diante da situação, segundo a direção da unidade, houve a necessidade de optar pela amputação. A liderança do hospital foi afastada do comando, após o caso ganhar repercussão.