O agora Rei Charles Terceiro fez quatro visitas ao Brasil. Na primeira, em 1978, ainda solteiro e usando gravata borboleta, arriscou sambar com uma passista da beija-flor. A sambadinha real viralizou - mesmo antes do surgimento de redes sociais - e virou enredo da escola de Nilópolis, que levou para avenida a história da Cinderela Negra que encantou o príncipe.
A ex-passista Maria da Penha Ferreira, a Pinah, tem uma loja de materiais para fantasias de Carnaval, em São Paulo. Ela conta que o episódio foi um divisor de águas na vida dela.
maria da penha ferreira "pinah", ex-passista da beija flor
O Príncipe de Gales voltou em outras três oportunidades./ Em 1991, já casado com a Princesa Diana, um Charles preocupado com questões ambientais plantou uma árvore no Espírito Santo. Em 2002, o príncipe foi conhecer um projeto social de inclusão social pela música, patrocinado pelo governo britânico, no alto do Morro do Cantagalo.
A última visita foi treze anos atrás. Falando a um grupo de empresários, Charles arrancou risadas ao contar que foi desafiado a dançar novamente com uma passista.
O que não costuma faltar nos roteiros da família real são as visitas a igrejas anglicanas, como o templo que fica em Botafogo, na Zona Sul do Rio visitado tanto por Elisabeth, em 1968, quanto por Charles, dez anos depois. O anglicanismo é uma denominação cristã protestante, que tem no rei da Inglaterra o seu chefe supremo.
A expectativa é que, com Charles coroado rei, os laços entre Brasil e o Reino Unido fiquem ainda mais fortes