Documentos apreendidos nesta quarta-feira pela Polícia Civil devem ser fundamentais para definir os próximos passos no inquérito que apura a atuação da empresária conhecida como a Rainha do Reboque, investigada por dar um calote no Governo do Estado e outros clientes. Agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Priscila Santos, no Rio e em Nova Iguaçu. A ação foi realizada pela Delegacia de Defraudações, chefiada pelo delegado Alan Luxardo.

A empresária e influencer não foi encontrada onde mora, em um condomínio de luxo na Barra, na Zona Oeste. No imóvel, amigos dela disseram aos agentes que Priscila saiu na noite anterior prometendo não demorar, mas não retornou. Entre os presentes estava Felipe Fausto, que também era alvo da Polícia.

As denúncias envolvendo Priscila Santos e a empresa dela, a Rebocar Remoção e Guarda de Veículos, apontam para o não pagamento de funcionários e fornecedores, e que a empresária sequer entregava os carros que iam a leilão. Enquanto isso, ela ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, onde tem mais de 400 mil seguidores.

Entre os clientes de Priscila estava o Governo do Estado que decidiu encerrar, no fim do ano passado, um contrato de 25 milhões de reais. A empresária tem uma dívida de mais de dois milhões e meio com o Detro por não pagar o aluguel do pátio por pelo menos cinco meses. A Justiça do Rio despejou a empresa do local, em Vargem Grande. Além disso, a Rebocar soma uma dívida de cinco milhões de reais por falta de repasses dos veículos rebocados e leiloados.

A defesa da empresária afirma que a operação é mais um ato ilegal e precipitado do estado contra ela e que a influencer vêm sofrendo ameaças e retaliações por não aceitar se envolver em esquemas criminosos.