Queixas contra ameaças sofridas pela viúva de homem morto por militar da Marinha

Luziane decidiu deixar a casa após as ameaças e diz que não se sente confortável para voltar

Amanda Oliveira

A Polícia Civil deve fazer a reconstituição do caso ainda esta semana
Reprodução

A defesa da família do repositor de estoque Durval Teófilo Filho, morto por um sargento da Marinha em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, registra na delegacia as ameaças sofridas pela viúva da vítima. Luziane Teófilo afirma que sofreu coação de vizinhos do condomínio onde morava há mais de 15 anos com o marido e a filha de seis anos do casal.

O advogado Luiz Carlos de Aguiar representou a viúva no registro das ameaças nesta segunda-feira (14), na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Luiz afirma que a intimidação teve início após a repercussão do caso e das investigações policiais.

Luziane decidiu deixar a casa após as ameaças e diz que não se sente confortável para voltar.

O militar Aurélio Alves Bezerra atirou três vezes contra Durval, de 38 anos, no momento em que ele chegava em casa. Aurélio disse que confundiu a vítima, que era negra, com um bandido. Em depoimento, ele alegou que a película do carro era escura e estava chovendo no momento do crime.

A família da vítima acusa o sargento de racismo. O militar responde por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

A Polícia Civil deve fazer a reconstituição do caso ainda esta semana.

A Marinha foi cobrada pela defesa da viúva por esclarecimentos sobre o assassinato. Luziane alega que a instituição não entrou em contato com ela nem para prestar condolências.

Neste sábado (12), parentes e amigos do repositor de estoque realizaram um protesto pacífico pedindo Justiça e respostas dos órgãos competentes pelo assassinato de Durval.

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