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Quase 20% dos domicílios brasileiros contavam com pelo menos um morador que viajou em 2023

Segundo os dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE, foram 21,1 milhões de viagens em 2023

Por Gabriela Morgado

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Banco de Imagens / Divulgação

Quase 20% dos domicílios brasileiros contavam com pelo menos um morador que viajou em 2023. A taxa representa cerca de 15 milhões e 300 mil residências no país. 

Segundo os dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE, foram 21,1 milhões de viagens em 2023, um crescimento de 71,5% em relação a 2021. O motivo foi o fim da pandemia de Covid-19.

As unidades da federação com mais domicílios com viajantes foram o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul. Cerca de 85,7% das viagens foram para fins pessoais, e 14,3% foram viagens profissionais.

O Rio de Janeiro foi o único estado do Sudeste onde a taxa de domicílios com viajantes foi menor do que a nacional, de apenas 15,7%. Mas parte da população pôde marcar datas para eventos planejados desde antes da pandemia. Foi o caso do produtor Rodrigo Carvalho.

Eu sempre gostei de viajar com os meus amigos e já estávamos planejando uma viagem para o Japão, para o outro lado do mundo. Só que aí veio a pandemia, a gente teve que ficar três anos em casa sem conseguir sair muito, até viajar no Brasil estava um pouco complicado. E aí ano passado, quando as medidas contra a Covid deram uma abrandada, decidimos fazer a viagem, compramos a passagem e a gente resgatou aquele espírito aventureiro, viajante, que a gente tinha. Foi ótimo conseguir voltar, fazer o que a gente gosta, e eu encontrei muito brasileiro lá fora também, que assim como a gente, estava voltando a viajar, estava feliz de poder turistar pelo mundo de novo, sabe?

Os estados de Mato Grosso (16,9%), no Centro-Oeste, e de Santa Catarina (18,9%), no Sul, também foram os únicos de suas regiões a registrarem taxas menores do que a do Brasil.

Segundo a pesquisa, apenas 3% das viagens relatadas foram para o exterior. E na maior parte dos domicílios com viajantes (46%), a renda familiar era de quatro ou mais salários mínimos. Dos 80% de residências onde não houve viagem, ou seja, mais de 60 milhões, o principal motivo, foi a falta de dinheiro, como explica o analista da pesquisa, William Kratochwill.

O maior motivo que os moradores apresentaram para não viajar, principalmente com menos de dois salários mínimos, foi a falta de dinheiro. Ao passo que, para os domicílios com mais de dois salários mínimos, foi a falta de tempo. O meio de transporte mais utilizado foi, principalmente, o carro. Mas o interessante é quando observamos o segundo meio de transporte mais utilizado. Para os domicílios com até dois salários mínimos, é o ônibus de linha. Para os domicílios com mais de dois salários mínimos, é o avião

Em 19% das residências, os brasileiros não viram necessidade para viajar e em 17,8%, o motivo foi a falta de tempo. Outras justificativas dadas pela população que não viajou foram a falta de interesse, de prioridade e problemas de saúde.

Apesar da queda no número de viagens de carro, pessoais ou de empresas, o meio de transporte foi o mais usado para os trajetos, representando 51,1%. 

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