Quadrilha especializada em fraude de veículos teve faturamento de R$ 4 milhões em golpes

Nesta quarta-feira, os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a integrantes do grupo

Por Pedro Dobal

A quadrilha foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira
Reportagem

A quadrilha especializada em fraudes em financiamentos de veículos que foi alvo de uma operação da Polícia Civil chegou a faturar R$ 4 milhões em um intervalo de dois anos.

Nesta quarta-feira (18), os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a integrantes do grupo na Zona Norte, na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.  

Segundo as investigações, o grupo usava documentos falsos para financiar a suposta compra dos carros das vítimas, que não sabiam das transações. Os criminosos, então, ficavam com o dinheiro do financiamento e não pagavam as parcelas. Como o veículo era dado como garantia para a dívida, as vítimas ainda corriam o risco de perder os carros.

O delegado Ricardo Barboza conta que os bandidos chegavam a alterar fotos de veículos parecidos ou produzir placas com a numeração dos carros das vítimas para enganar os bancos durante os pedidos de financiamento.

As vítimas só descobriam que o carro estava sendo usado em um financiamento quando eram surpreendidas por restrições nos bancos ou até mesmo no Detran. Alguns proprietários chegaram a sofrer determinações judiciais de busca e apreensão.

O grupo fazia, em média, quatro vítimas por mês, chegando a simular a venda de até 10 carros em um intervalo de 30 dias.

Uma ouvinte da BandNews FM, que prefere não se identificar, conta que os pais chegaram a ser vítimas do golpe.

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em um endereço na Vila Kosmos, na Zona Norte, onde mora a mulher apontada como a chefe do esquema. Joyce Alves Fernandes foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos. A reportagem tenta contato com a defesa dela.  

Com o material apreendido durante a operação, como documentos e celulares, os agentes tentam identificar outros envolvidos no esquema, inclusive pessoas ligadas a agências e concessionárias de veículos que repassavam dados das vítimas ao grupo.

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