O estatuto da organização criminosa que movimentou mais de R$ 67 milhões de dentro de 13 unidades prisionais do estado do Rio de Janeiro prevê que a palavra “estuprador” não é permitida entre o grupo. Um detento que está preso por estupro deve ser chamado de “amigo do artigo”.
A facção foi fundada no presídio de Água Santa em 2004 e recrutou criminosos que eram “esquecidos” por outras facções criminosas, entre eles homens condenados pelo crime de estupro.
Além disso, o estatuto tem mais 18 mandamentos. Entre eles, a proibição de "levantar bandeira de facção criminosa"; que “X9” é inaceitável entre o “Povo de Israel”; e que não pode “cobiçar a etapa do amigo”.
Na manhã desta terça-feira (22), a Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária realizaram a operação “13 Aldeias”, nomenclatura utilizada pelos criminosos para definir as 13 unidades prisionais que são dominadas pelo grupo.
Um relatório da SEAP aponta que o “Povo de Israel” já corresponde a 42% da população carcerária do Rio de Janeiro.