Deputados e vereadores do PSOL pedem o impeachment de Domingos Brazão do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O partido protocolou o pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os parlamentares afirmam que o acusado deve responder por crime de responsabilidade e ter a função imediatamente suspensa, além de perder direito aos vencimentos, já que foi preso suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco, em 2018.
Toda a bancada foi a favor. O documento é assinado por, Monica Tereza Azeredo Benicio, viúva da parlamentar, Flavio Serafini, Daniella Monteiro da Silva, Josemar Pinheiro de Carvalho, Renata da Silva Souza e Yuri Lucas Carius de Moura Almeida.
O deputado Federal Tarcísio Motta, do PSOL, afirma que o pedido de impeachment de Domingos Brazão é um dos caminhos para começar a combater a força da milícia poder público.
Investigações da Policia Federal apontam que o crime começou a ser planejado em 2017 pelos irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, logo depois da aprovação de um projeto que tratava de regularização fundiária na região das vargens em teritorios na Zona Oeste.
Essa não é a primeira vez que Domingos Brazão é acusado de um crime. Em 2017, o político chegou a ser preso em um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, que apurava um grande esquema de corrupção no tribunal.
Ele ficou afastado do cargo de conselheiro do TCE até o ano passado, mas voltou ao órgão após uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Mesmo longe das funções, Domingos Brazão continou recebendo mensalmente o salário de R$ 52 mil. Ele ainda recebeu o valor retroativo de férias do período, que totalizou R$ 581 mil.
Além dos irmãos, o ex chefe de polícia Civil Rivaldo Barbosa também foi preso acusado de ajudar a planejar o crime.