Prometida há uma década, nova sede de unidade da PM tem obras atrasadas

As instalações do Comando de Operações Especiais deveriam ter ficado prontas em agosto do ano passado

Por Pedro Dobal

Projeto da nova sede foi elaborado há mais de uma década
Divulgação

Prometida há mais de uma década, a nova sede do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar em Ramos, na Zona Norte do Rio, está com as obras atrasadas há nove meses.  

O contrato foi assinado em novembro de 2021 e o prazo para conclusão era agosto do ano passado. Desde então, já foram feitos quatro termos aditivos, que adiaram o término das obras três vezes e acrescentaram R$ 1,3 milhão ao contrato, totalizando R$ 12,5 milhões.

O terreno de 198 mil metros quadrados pertencia ao antigo Batalhão de Infantaria Blindada do Exército e foi cedido ao Governo do Estado em 2010 para receber as unidades subordinadas ao Comando de Operações Especiais.  

O espaço deve abrigar as sedes do Batalhão de Ações com Cães, hoje em Olaria, e do Grupamento Aeromóvel, atualmente em Niterói, na Região Metropolitana. O projeto inicial também incluía a transferência do Bope e do Batalhão de Choque, mas eles devem continuar sediados na Zona Sul e no Centro do Rio.

 Segundo o Governo do Estado, as obras estavam 60% concluídas ainda no ano passado. Mas quem passa pela região tem a sensação de que elas nunca começaram. O geógrafo Hugo Costa, que é morador de Ramos, conta que a promessa é antiga. Ele acredita que a instalação das unidades da PM pode ajudar a melhorar a segurança da região.

O projeto era um compromisso firmado para a Olimpíada de 2016. O local escolhido é considerado estratégico devido à proximidade às principais vias expressas da cidade e aos complexos da Maré, do Alemão e do Jacarezinho.

Na última quinta-feira (27), a comissão responsável por fiscalizar as obras notificou a Carletti Construções e Serviços e deu um prazo de cinco dias para que a empresa justifique a situação e apresente um plano estratégico para compensar os atrasos. Uma visita técnica constatou que o andamento da obra continua em ritmo lento, com o efetivo de somente 25 a 30 trabalhadores.

Durante as negociações para a prorrogação do contrato, a construtora alegou que os trabalhos foram prejudicados pela grande quantidade de chuvas e pela realização de serviços que não estavam previstos inicialmente.

Procuradas pela BandNews FM, a Polícia Militar, a Secretaria de Infraestrutura e a Carletti Construções não se posicionaram sobre o assunto. 

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