Projeto que altera escala de trabalho dos guardas municipais do Rio foi aprovado

O texto ainda vai para segunda discussão dos vereadores, antes de seguir para sanção do prefeito Eduardo Paes

Por João Boueri

Projeto que altera escala de trabalho dos guardas municipais do Rio foi aprovado
Protesto na Câmara Municipal
Repórter BandNewsFM

O projeto que altera a escala de trabalho dos guardas municipais do Rio de Janeiro foi aprovado pela Câmara Municipal nesta terça-feira (30). O texto ainda vai para segunda discussão dos vereadores, antes de seguir para sanção do prefeito Eduardo Paes, que propôs a alteração.

A Prefeitura do Rio pretende mudar a carga horária dos agentes da Guarda Municipal e reduzir a quantidade de folgas a cada 12 horas trabalhadas. Atualmente, os profissionais têm direito a 60 horas de folga, de acordo com a legislação municipal de 2018. A proposta alteraria a escala de plantão para 36 horas de folga.

Os vereadores contrários à aprovação do texto original propuseram adiar a votação por 5, 10 ou 15 sessões. No entanto, as três propostas foram rejeitas pela maioria da Câmara. O vereador Marcos Braz chegou a tentar propor uma nova votação de adiamento. Mas, o regimento interno só permite três tentativas.

Duas comissões deram parecer favorável ao projeto de lei e outras duas foram contrárias. Caso fossem três contra a alteração da escala de trabalho, a votação seria adiada.

O líder do governo na Câmara, vereador Átila Nunes (PSD), disse que a alteração da escala vai provocar aumento dos guardas municipais nas ruas e contribuir para a segurança da cidade.

A vereadora Teresa Bergher (CIDADANIA) definiu como “brincadeira” a escala de trabalho atual de 12 por 60.

O vereador Jorge Felippe (União Brasil) disse que a proposta pode parar na Justiça do Rio. O político se colocou contra Eduardo Paes novamente.

O vereador Edson Santos (PT) votou contra o adiamento e foi vaiado pelas galerias da Câmara Municipal. Durante o discurso, o político se colocou à favor da criação do plano de cargos e salários para a categoria e foi aplaudido. Depois, foi novamente criticado ao dizer que apoia a redução da carga horária.

Edson Santos chegou a ser elogiado no plenário por Jorge Felippe. No entanto, o ex-Presidente da Câmara retornou ao microfone para retirar o que tinha dito sobre o político do PT.

O Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal do Rio ocupou as galerias do Palácio Pedro Ernesto, no Centro do Rio, para protestar contra a possibilidade de aprovação do projeto de lei que altera a escala de trabalho dos profissionais. O policiamento foi reforçado. Com palavras de ordem, os profissionais pediram justiça e afirmaram que se manterão unidos

Em um determinado momento, um homem que estava nas galerias se desentendeu com um segurança da Câmara Municipal ao tentar ultrapassar o limite determinado previamente no espaço.

Depois, o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado, pediu para um manifestante se acalmar. O guarda municipal foi retirado por colegas e pelos seguranças do Palácio Pedro Ernesto, mas retornou à galeria.

A Secretaria Municipal de Ordem Pública anunciou que, se o projeto de lei complementar for aprovado na Câmara, o efetivo da Guarda Municipal aumentará em quase 300% por turno. 

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