Professores e alunos da Escola Estadual de Teatro Martins Pena, no Centro do Rio, reclamam da falta de transparência no projeto de reforma da instituição. As obras que começaram em março contemplam apenas um dos prédios. O prazo para entrega dessa etapa terminaria na sexta-feira (9). A diretora adjunta, Luciana Barbosa, diz que preocupação principal é em relação ao teatro.
Desde a década de 1950, a Escola de Teatro Martins Pena ocupa, também, um prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN. Esse casarão, do início do século 19, foi interditado em março. Imagens feitas dentro do prédio, mostram infiltrações nas paredes, rachaduras e goteiras. Em maio, o Governo do Estado contratou uma empresa de Engenharia para avaliar a estrutura do imóvel por quase 230 mil reais. No entanto, neste prédio, os trabalhos ainda não começaram.
Os estudantes têm medo que a obra não contemple as necessidades da escola.
A Martins Pena foi fundada no início do século 19. O diretor Rodrigo Marconi, lembra que a instituição foi a primeira escola de teatro pública do país e já formou grandes nomes da dramaturgia brasileira.
Enquanto as obras não ficam prontas, 150 alunos da instituição foram realocados em nove salas no Liceu de Artes e Ofícios, no Centro do Rio. O espaço foi alugado pela Faetec. O local foi escolhido pelos estudantes e docentes dentre opções apresentadas pelo Estado.
