
Profissionais do Instituto Nacional do Câncer seguem enfrentando a falta de insumos básicos para o atendimento e procedimentos em pacientes das unidades.
A situação se estende desde janeiro. No fim de março, a BandNews FM teve acesso a uma lista com os itens que apresentavam o fornecimento irregular no CTI, como coletor de artigos perfurocortantes, eletrodo para monitor cardíaco, esparadrapo, agulhas, luva cirúrgica, fio cirúrgico, compressa de gaze e cateter.
Entre os medicamentos, foram citados pelo menos onze tipos de antibiótico, dez medicamentos para doenças cardíacas, quatro para tratamento de alteração no trânsito intestinal, quatorze tipos de analgésicos e cinco tipos de anti-inflamatórios, além de insulina.
Segundo o relato recebido pela reportagem nesta sexta-feira (11), a situação permanece a mesma.
Eu fiz um procedimento essa semana, que é colocar um cateter em um paciente grave no CTI. Não tinha fio, não tinha fio pra eu suturar, pra eu amarrar o cateter na pele do doente. O enfermeiro teve que sair do meu CTI e rodar o hospital todo pra caçar e num andar achar um fio. Nada mudou, continua faltando tudo. E o entendimento nosso é que foi abafado demais. Dá um 'bafafá' num diazinho só, não sei como eles conseguem abafar.
Em nota, o INCA diz que os insumos e medicamentos que tiveram interrupção no fornecimento já foram adquiridos e os estoques estão regularizados, sem que nenhum tratamento oncológico fosse interrompido.