O professor brasileiro e a argentina que foram flagrados imitando um macaco em uma roda de samba em Santa Teresa, na Zona Central da cidade, são indiciados por racismo. O caso aconteceu em julho deste ano.
O relatório da Delegacia de Crimes e Delitos de Intolerância vai ser enviado ao Ministério Público. O documento aponta que o ato praticado é grave, já que a associação da população negra a macacos foi amplamente usada para desumanizar e discriminar indivíduos ao longo da história.
O texto ainda conclui que mesmo se considerado brincadeira, o comportamento pode perpetuar traumas e desigualdades sociais, ferindo a dignidade das pessoas.
Na época em que o vídeo foi publicado, a Escola Concept São Paulo, onde o professor trabalha, afirmou que repudia todo e qualquer ato de racismo e que as medidas cabíveis em relação ao colaborador estavam sendo adotadas.
Também na Internet, a Associação Orff Argentina, instituição sem fins lucrativos que a mulher argentina integra, já tinha repudiado atos de discriminação, mas afirmou que, na Argentina, no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem caráter racista.