Está em análise no gabinete da ministra Rosa Weber o parecer do procurador-geral da República que pede a quebra de sigilo e dados telemáticos no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Augusto Aras defendeu a constitucionalidade do uso de palavras consultadas em sites de buscas para tentar chegar ao mandante do crime, ocorrido em março de 2018. O colunista em Tecnologia da Rádio BandNews FM, Wharrysson Lacerda explica a Internet é um local facilmente rastreável.
O processo foi parar no STF depois de o Google recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça que manteve uma determinação da Justiça do Rio para o fornecimento dos dados. O parecer de Augusto Aras não vê irregularidades em investigar as pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora e a rotina dela antes do crime.
Uma decisão favorável da ministra Rosa Weber vai balizar futuras decisões judiciais sobre o mesmo tema em todo o país. Ela pode autorizar que as empresas passem a fornecer aos investigadores a lista dos usuários que pesquisaram as combinações que possam identificar pessoas interessadas em detalhes sobre a vida e a rotina de vítimas de crimes.
O processo aguarda despacho da relatora do caso desde fevereiro deste ano.