A Justiça do Rio manteve a prisão do miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (26), por videoconferência.
O miliciano, que era o mais procurado do Rio, deve ser ouvido pela Polícia Federal nos próximos dias. A expectativa é que ele colabore com as autoridades na investigação de diversos crimes.
Zinho está no presídio de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, desde domingo (24), quando se entregou à Polícia Federal. O criminoso, chefe da maior milícia da cidade, está em uma cela isolada, de seis metros quadrados, onde fará as refeições. Neste primeiro momento, Zinho também não terá acesso a banho de sol. Ao todo, foram mais de 50 homens envolvidos na transferência dele para Bangu 1.
Segundo advogados, o criminoso estava preocupado com a situação da família, por isso se entregou. Em outubro, um sobrinho de Zinho foi morto em uma operação policial. Em resposta, criminosos incendiaram 35 ônibus e levaram pânico à Zona Oeste.
Segundo especialistas, a prisão dele pode abrir espaço para uma nova guerra na Zona Oeste por controle de territórios. Em conversa com a reportagem da BandNews FM, um morador de Cosmos que preferiu não se identificar detalha o período de tensão e medo que quem é do bairro vive.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, disse que as ações das forças de segurança precisam ser mantidas na região após a prisão do miliciano.
Luiz Antônio da Silva Braga assumiu a chefia da principal milícia da Zona Oeste em 2021, após a morte do irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Antes disso, ele já lavava o dinheiro do grupo e cuidava das movimentações financeiras.