Primeira termelétrica flutuante já está no Brasil para entrar em operação

A usina, que é também uma embarcação, está agora fundeada no Porto de Angra dos Reis, na Costa Verde, aguardando licença ambiental

Mariana Procópio

A primeira termelétrica flutuante prevista para operar no país já está no Brasil. A usina, que é também uma embarcação, está agora fundeada no Porto de Angra dos Reis, na Costa Verde, mas oficialmente está em águas alfandegadas, aguardando licença ambiental para entrar, de fato, no Brasil.

Nas próximas semanas, devem chegar as outras três usinas flutuantes semelhantes. No total, as quatro são capazes de gerar 560 mega watts, o suficiente para abastecer até 2 milhões de pessoas. A empresa turca Karpowership, responsável pelas usinas, foi uma das vencedoras do leilão emergencial realizado no fim do ano passado, justamente, durante o período de seca, que trouxe de volta o fantasma do racionamento.

O diretor de projetos da empresa, Gilberto Bueno, afirma que o contrato tem prazo definido de três anos e meio para garantir, durante esse período, a reserva de energia.

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Pelo projeto, as usinas flutuantes ficarão fundeadas na Baía Sepetiba, a 3 km da costa, junto com a unidade responsável por abastecer com gás as outras embarcações.

Todas serão conectadas à linha de transmissão que tem pouco menos de 15 km: três na água e os outros em terra, que cortam o distrito industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste da Capital Fluminense, até chegar a subestação de Furnas, onde a energia entra no sistema.

Mas, o projeto virou alvo de uma ação do Ministério Publico Federal, que questiona o licenciamento ambiental feito pelo Inea, que é o órgão estadual competente.

Segundo o MPF,  há vícios no processo, embora este modelo seja inédito no país.

Como não há construção, nem montagem, já que a termelétrica já vem pronta, não houve licenciamento prévio das usinas flutuantes. Mas, a empresa afirma que há vários estudos em curso para avaliar a mudanças no meio ambiente com a operação.

Já a linha de transmissão, que tem 36 torres, prevê o corte da vegetação num trecho de menos de um hectare, o equivalente a um campo de futebol. A companhia turca se comprometeu a fazer compensações ambientais.

Segundo o Inea, o pedido de licenciamento para início da operação das usinas flutuantes segue em análise.

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