Primeira colocada no processo para prestar os serviços das barcas já atua a 20 anos no Brasil

BK Consultoria e Serviços Ltda ainda precisa enviar a documentação necessária, que vai ser analisada

Por Guilherme Faria

Primeira colocada no processo para prestar os serviços das barcas já atua a 20 anos no Brasil
Barcas no Rio de Janeiro
Reprodução/CCR Barcas

Primeira colocada no processo de licitação para contratação da companhia que vai prestar os serviços do transporte aquaviário pelos próximos cinco anos no Rio, a BK Consultoria e Serviços Ltda está em atividade há cerca de vinte anos no mercado brasileiro. 
 
A empresa fez um lance de R$ 1.949.389.000,00 e, agora, vai ser convocada pela Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio para enviar a documentação necessária, que vai ser analisada pela comissão de contratação. O certame foi realizado na última sexta-feira (22). 
 
Com sede em São Paulo e filial no Rio, a BK Consultoria se apresenta como uma empresa em atuação em diferentes segmentos, como energia, pesquisa e tecnologia e meio ambiente. 
 
Um dos clientes da BK Consultoria é a Prefeitura de São Paulo, com quem a empresa tem um contrato para a prestação de apoio ao serviço de travessia de passageiros na represa Billings, na Zona Sul da capital. A operação de travessias litorâneas, inclusive, é um dos serviços destacados pelo site da companhia. 
 
No Rio, a BK Consultoria deve assumir a operação das barcas na Baía de Guanabara no primeiro trimestre de 2025. Desde 2012 como responsável pelo modal, a CCR Barcas vai deixar o serviço em fevereiro do ano que vem, conforme acordo com o Estado do Rio. 
 
A nova licitação tem uma modelagem desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que determina que a remuneração da concessionária vai ser baseada em milhas náuticas, não mais na tarifa paga pelo passageiro, como explica o economista e professor da Universidade Federal Fluminense, Cláudio Roberto Gurgel.

A grande novidade desta nova concessão é, sem dúvida, a instituição da remuneração da empresa pela milha náutica de R$ 1.446,40. Essa é a novidade que pretende, julgo eu, estabilizar o serviço. A receita própria, aquela gerada pela bilhetagem dos passageiros, será agora recolhida aos cofres públicos, segundo aquilo que foi observado no contrato licitado.


Todas as linhas de barcas vão ser mantidas e a grade de horários não vai ser alterada, a princípio. Os estudos da UFRJ incluem o trecho Paquetá-Cocotá e a linha social Charitas-Praça XV. 
 
Com o novo formato, o Governo do Estado do Rio vai ser responsável pela fiscalização, pagamento e definição de investimentos futuros. A receita da tarifa será de responsabilidade do estado, que vai utilizar os valores para pagamento de parte do valor do contrato. 
 
O economista Cláudio Roberto Gurgel ressalta a importância da fiscalização para garantir a qualidade do serviço.
 

O serviço vai funcionar agora com uma remuneração praticamente fixa, porque há uma média de milhagem que se usa durante todo o dia de serviço. Portanto, a empresa não estará tão dependente da presença dos passageiros. Aliás, é necessário que se tenha muita atenção, muita fiscalização, porque a barca não pode circular vazia. Ela circulando vazia, ela não presta serviço, porém, ela é remunerada pela milhagem, portanto é necessário que a fiscalização, nesse sentido, seja mais rigorosa, mais atenta.


Segundo a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana, as discussões sobre o processo de transição devem começar ainda nesta semana. 

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