Puxada pelo preço dos alimentos, a prévia da inflação fica em 0,31% em janeiro. O índice foi menor que o previsto pelo mercado e representa desaceleração em relação ao mês de dezembro, que registrou variação de 0,4%.
Os dados do IPCA-15 foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (26).
O grupo de alimentos e bebidas teve alta de 1,53%, número três vezes maior que o do mês anterior. Com aumento de quase 26%, o preço da batata-inglesa foi o que mais contribuiu para a inflação do período. Já o valor do tomate aumentou cerca de 11%. O arroz subiu quase 6% e as frutas, 5%.
A doméstica Sandra Garcia revela as estratégias que usa para compensar a alta dos preços nos supermercados do Rio.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que o impacto maior da inflação dos alimentos neste ano já era esperado devido aos eventos climáticos extremos que afetaram a produção.
Por outro lado, o grupo de transportes ajudou a frear o índice, com queda de 15% nas passagens aéreas e reduções de cerca de 2% nos preços do etanol e do diesel.
Ainda segundo o IBGE, a capital com o maior aumento na prévia da inflação foi Belo Horizonte, com alta de 0,88%, principalmente por conta do reajuste das passagens de ônibus e do preço da batata-inglesa, que subiu 34% na região. Enquanto isso, Brasília registrou retração de 0,41% no indicador, devido à queda nas passagens aéreas e na gasolina.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 leva em conta os preços dos produtos entre o dia 16 de um mês e o dia 15 do mês seguinte.
Nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,47%, abaixo dos 4,72% observados nos 12 meses anteriores.
Por erro do IBGE, os números foram divulgados uma hora antes do horário anunciado pelo instituto. Em nota, o órgão disse que os servidores foram adiantados automaticamente em uma hora e que a área técnica vai tomar as devidas providências.