Homem apontado como assassino de torcedor do Fluminense no Parque Anchieta era amigo da vítima

Gustavo Danilo Pereira foi morto no último sábado (11), no Parque Anchieta, na Zona Norte do Rio

Por Gabriela MorgadoDaniel Henrique

Homem apontado como assassino de torcedor do Fluminense no Parque Anchieta era amigo da vítima
Suspeito pelo crime foi preso em Sepetiba
Reprodução

O torcedor do Fluminense assassinado no Parque Anchieta, na Zona Norte do Rio, foi morto por um amigo, após uma discussão. O assassino ameaçou cometer o crime para a própria família da vítima.

Gustavo Danilo Pereira de Souza foi esfaqueado na frente da família. Ele era presidente da torcida organizada "Flu Gelo Anchieta" e era ex-militar da Aeronáutica. Segundo a Força Aérea Brasileira, ele foi licenciado, por término de serviço, em julho de 2021. Em nota, a FAB lamentou o ocorrido.

O crime aconteceu no último sábado (11), na casa do acusado pelo crime. Júlio César da Silva Nascimento, foi preso um dia depois na casa da tia, em Sepetiba, na Zona Oeste.

Segundo testemunhas, os dois eram próximos e moravam no mesmo bairro. Eles eram torcedores do Fluminense e costumavam ir a jogos juntos.

A Polícia Civil apura o motivo do assassinato.

De acordo com testemunhas, Gustavo e Júlio Cesar teriam se desentendido em um bar. Depois, Júlio teria ido até a casa da vítima e dito à família dele que ia matar Gustavo. Após saber do que aconteceu, a vítima foi até à casa de Júlio César, seguido pela família, e foi morto.

A mãe da vítima, Ana Maria Pereira de Souza, diz que chegou a pedir para que o crime não fosse cometido.

Eu tô muito triste, porque esse indivíduo tirou a vida do meu filho covardemente. Ele disse que ia, ele falou que ia assassinar meu filho e que ia matar meu filho, porque ele estava sentado em um certo lugar tomando a cervejinha dele e meu filho chegou falando besteira pra ele. Ele disse 'eu vou matar ele', eu falei 'não, não faz isso, por quê? Você foi amigo dele, sempre vinha aqui em casa, por que você vai fazer isso?'

Ana Paula dos Santos, prima de Gustavo, pede justiça.

Na frente da minha prima, ele comia lá {na casa dele}. Ele participava das festas. E da mesma forma, com sangue frio, covardemente, cravou a faca no peito do meu primo. Por favor, ele não respeitou ninguém, nem a família.

Um amigo de Gustavo, Wagner Firmino, ressalta que a vítima não se envolvia com brigas de torcida.

A gente tinha uma torcida entre grupos de amigos, familiares, mas o Gustavo era trabalhador, pai de família, então é uma pessoa boa que não gostava de arrumar confusão com ninguém, estava sempre na paz.

O corpo de Gustavo Danilo foi enterrado no cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte, no domingo (12).

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