O viúvo da mulher atingida por uma bala perdida na Baixada Fluminense afirma que não teve coragem de contar para a filha mais nova, de 2 anos, sobre a morte da mãe.
A gerente comercial Quetilene de Souza Soares foi baleada na comunidade do Dique, em Duque de Caxias, na última quinta-feira (20). Parentes da vítima acusam policiais militares de terem feito o disparo.
Nesta terça (25), a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio, a deputada Dani Monteiro, se reuniu com a família da vítima. Um representante da Defensoria Pública também esteve presente. O encontro aconteceu na sede da Alerj.
Durante a reunião, a Comissão definiu que vai questionar a Polícia Militar sobre o veículo descaracterizado que pode ter sido usado no dia em que Quetilene de Souza Soares foi morta. Além disso, a família também vai ser encaminhada para receber acompanhamento jurídico e psicológico.
O viúvo da vítima, Gilian Martins, disse que as filhas estão sentindo falta da mãe.
De acordo com a deputada Dani Monteiro, os números mostram que a morte de Quetilene não é um fato isolado.
Segundo a Polícia Militar, policiais realizavam patrulha na Avenida Governador Leonel de Moura Brizola quando foram atacados por criminosos na comunidade do Dique. Ainda de acordo com a corporação, após os disparos, os agentes foram informados que uma mulher havia sido atingida.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.