Presidência vai criar um documento específico sobre assuntos geopolíticos

Medida tem como objetivo evitar que assuntos de conflitos e crises mundiais impactem negociações econômicas, comerciais e políticas

Por Giovanna Faria

Cúpula do G20
Divulgação

A Presidência do Brasil vai criar um documento específico sobre assuntos geopolíticos, para não atrapalhar o andamento de outras pautas durante a Cúpula do G20, que vai ser realizada no Rio de Janeiro em novembro. 

A medida tem como objetivo evitar que assuntos como a guerra entre Ucrânia e Rússia e outros conflitos e crises mundiais não impactem em negociações econômicas, comerciais e políticas. 

A informação foi confirmada nesta sexta-feira (5) pelo embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil. No G20, os sherpas são os líderes de cada país que encaminham as discussões e acordos até a cúpula final com chefes de Estado e de Governo.

A separação da discussão geopolítica foi aprovada de forma consensual com os representantes dos grupos de engajamento e organizações que integram o G20, durante reuniões que aconteceram desde quarta-feira (3), no Hotel Nacional, em São Conrado, Zona Sul do Rio.  

O embaixador Maurício Lyrio, explica que os ministros vão poder trabalhar no G20 sem precisar discutir os temas geopolíticos.  

O presidente do Comitê do G20, Lucas Padilha, ressalta os benefícios que podem ser trazidos pela Cúpula do G20 no Brasil.  

A reunião dos sherpas com representantes dos grupos de engajamento e de organizações que integram o G20 nessa semana é inédita e uma consequência do G20 Social. A iniciativa brasileira quer ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios da reunião dos chefes de Estado. O encontro da Cúpula Social do G20 será entre os dias 14 e 16 de novembro.

O G20 é composto pelas maiores economias do mundo, 19 países África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.

Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.

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