A Prefeitura do Rio pretende concluir as obras de restauração da antiga estação Leopoldina, na Região Central da cidade, até 2026, ano do centenário do edifício histórico. A reforma do prédio vai custar R$ 81 milhões.
O terreno de 125 mil metros quadrados foi cedido pelo Governo Federal à Prefeitura do Rio em maio, e a cerimônia de início das obras foi realizada nesta terça-feira (2).
A proposta é que, além da reforma da estação, o espaço receba 700 unidades habitacionais populares divididas em 35 blocos, um centro de convenções, uma estação do VLT e a Fábrica do Samba, com 14 galpões para abrigar as escolas da Série Ouro, o antigo grupo de acesso do carnaval carioca. O terreno ainda pode abrigar uma clínica da família, um ginásio educacional tecnológico, ciclovias e quadras esportivas.
Durante o evento nesta terça, o prefeito Eduardo Paes criticou o abandono de terrenos da União no Rio de Janeiro.
Segundo o prefeito, a destinação exata do terreno ainda está sendo discutida com o Governo Federal. A expectativa, porém, é a de que pelo menos a licitação da Fábrica do Samba seja lançada nas próximas semanas.
Inaugurada em 1926, a Estação Leopoldina também era conhecida como Barão de Mauá, em homenagem ao pioneiro do transporte ferroviário no Brasil. Ela é tombada pelo Governo do Estado e pela União, mas está desativada há mais de 20 anos.
Hoje, o prédio está tomado de infiltrações e rachaduras, a cobertura tem telhas quebradas, alguns pontos têm vegetação crescendo e composições estão enferrujando nas antigas plataformas.
Segundo o projeto, tanto a estação, quanto as plataformas vão ser mantidas, com o objetivo de resgatar a memória da cidade. O imóvel histórico terá as fachadas e esquadrias restauradas, o salão principal vai passar por um reordenamento e um jardim será montado na área externa.
