A Prefeitura do Rio começou nesta semana o curso de calceteiro, que é o profissional responsável pela manutenção das famosas e tão características pedras portuguesas, que recobrem boa parte das calçadas da capital fluminense. O ornamento é bonito, mas falta mão de obra para cuidar desse patrimônio. Com isso, surgem os buracos: um perigo que exige atenção do pedestre.
As pedras portuguesas atravessaram o oceano Atlântico e chegaram ao Rio de Janeiro no início do século XX. Mas, com o tempo, a manutenção se tornou cada vez mais difícil. Colocar a pedra e nivelar requer um profissional especializado. Marcio Xavier, que é guardador de carros na Praia de Copacabana, na Zona Sul, conta que já viu vários acidentes com idosos e cadeirantes.
Para o curso de calceteiro, foram abertas 60 vagas para 200 inscritos. A maioria dos interessados é de pessoas que buscam um novo emprego, aprendendo um antigo ofício. Um dos alunos é Carlos Paim, que durante vinte anos trabalhou em escritórios, na área administrativa.
O curso de formação de caceteiros dura um mês. E a chance de contratação depois é grande, especialmente pelas concessionárias que prestam serviço para o município. Diante da procura, a Prefeitura já planeja abrir em breve uma nova turma.