Prefeitura combate venda de produtos contrabandeados na Feira de Acari

Trabalhadores da Feira de Acari que quiserem trabalhar de forma legal, devem se cadastrar e seguir os trâmites previstos pela SEOP

Por Pedro Dobal

Produtos falsificados na Feira de Acari
Reprodução

Os trabalhadores da Feira de Acari, na Zona Norte, que quiserem atuar de forma legalizada devem se cadastrar e seguir os trâmites já previstos pela Secretaria Municipal de Ordem Pública, segundo a Prefeitura do Rio.  

Nesta terça-feira (23), foi publicado no Diário Oficial do Município o decreto que proíbe o funcionamento da feira na Avenida Pastor Martin Luther King. O texto ressalta que relatórios de inteligência da Seop apontaram o que muitos cariocas já sabiam: que os produtos comercializados no local, abaixo do preço de mercado, são fruto de roubo de cargas.

O decreto ainda lembra que a feira ocupa pelo menos uma faixa da via aos domingos e dificulta a passagem dos pedestres. Além disso, quiosques irregulares e barracas de churrasco operam sem respeitar o regulamento sanitário.

O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, afirma que a fiscalização vai ser feita em parceria com a Polícia Militar.

Apesar da presença no bairro há décadas, a Prefeitura alega que a feira nunca teve autorização para funcionar. O local, também conhecido como Feira do Rolo ou Robauto, é tão tradicional que foi tema de músicas de Jorge Ben Jor, Zeca Pagodinho e do funkeiro MC Batata.  

Um morador da região, que prefere não se identificar, afirma que no local também há trabalhadores honestos, que têm na feira o ganha-pão.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram a variedade dos produtos comercializados. Em um deles, é possível ver um pacote de camarão sendo vendido por apenas 10 reais. Os feirantes também oferecem itens como fogão, máquina de lavar, ar-condicionado e video game por preços que chegam à metade do valor praticado no mercado.

A Seop diz que monitora outros pontos do Rio de Janeiro onde a prática também acontece e dialoga com os demais órgãos de segurança para planejar ações nesses locais.  

Em nota, a Polícia Militar se limitou a dizer que segue à disposição para apoiar os demais órgãos envolvidos em ações de ordenamento urbano.  

Em todo o ano passado, o Instituto de Segurança Pública registrou mais de 3.200 casos de roubos de carga no estado.

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