A defesa de um dos funcionários afastados do espaço de desenvolvimento infantil onde um menino de dois anos com autismo pode ter sido dopado nega as acusações.
Os trabalhadores distanciados prestaram depoimento à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (27).
Segundo o advogado Daniel Santos da Silva, a cliente dele, identificada como Vivian, não administrou o medicamento.
A professora afirmou ainda que a criança não recebeu nenhum remédio dentro do espaço de desenvolvimento.
O episódio aconteceu no dia 14 de junho, no Espaço de Desenvolvimento Infantil Renée Biscaia Raposo, que fica em Cosmos, na Zona Oeste do Rio.
A mãe da criança, Lays Torres, desconfiou da situação quando buscou o filho na unidade de ensino. Ela disse que o menino não conseguia ficar acordado. Já em casa, os familiares filmaram o pequeno cambaleando e tentando se equilibrar. Em um momento, ele chega a esbarrar em um brinquedo e quase cai ao chão. O caso foi levado também ao Conselho Tutelar nesta terça-feira (25).
O menino foi levado ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, também na Zona Oeste, onde passou por uma lavagem estomacal.
Um laudo de uma clínica particular publicado por Lays Torres nas redes sociais mostra que foi identificada a presença de 0,18 miligramas de Zolpidem no organismo do menino. A criança chegou ao hospital já desacordada.
Questionado sobre o resultado, o advogado Daniel Santos da Silva alegou que somente pelo exame não é possível saber quando o medicamento teria sido administrado.
A Prefeitura do Rio instaurou uma sindicância e está apurando a denúncia.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que está colaborando com as investigações e que atendeu ao pedido da família para transferir o aluno de unidade.