Prefeito eleito de Duque de Caxias tenta esconder celular no freezer durante operação da PF

A ação também mira o atual prefeito Wilson Reis, o secretário de Transporte, Washington Reis, o deputado estadual Valdecy da Saúde, a vereadora e filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, Fernanda Izabel da Costa, e mais 11 vereadores

Por Gabriela Marino

Prefeito eleito de Duque de Caxias tenta esconder celular no freezer durante operação da PF
Celulares encontrados pelos agentes no freezer
Divulgação/Polícia Federal

O prefeito eleito de Duque de Caxias, Netinho Reis, tentou esconder o celular no freezer de casa durante uma operação da Polícia Federal. Além dele, também foram alvo da ação o atual prefeito do município da Baixada Fluminense, Wilson Reis, o secretário de Transportes, Washington Reis, o deputado estadual Valdecy da Saúde, a vereadora de Caxias e filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, Fernanda Izabel da Costa, e mais onze vereadores. 
 
A Operação Têmis, realizada nesta sexta-feira (13), teve como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro. Grande quantia de dinheiro, celulares e dois carros de luxo foram apreendidos. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, na Baixada, e na capital fluminense. 
 
As investigações começaram em outubro, quando um homem foi preso em flagrante, em Caxias, com R$ 1,9 milhão em espécie, sob suspeita de compra de votos. 
 
A PF identificou que o suspeito era integrante de uma organização criminosa atuante na Baixada Fluminense há vários anos. O grupo, composto por políticos e empresários, atuava nas cidades de Duque de Caxias e São João de Meriti. 
 
As apurações revelaram que a organização movimentou cifras milionárias para financiar, ilicitamente, campanhas de candidatos. Há indícios de que empresas contratadas pelo poder público eram utilizadas para favorecer agentes políticos em suas campanhas, para manter a hegemonia do grupo nesses municípios. 
 
Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. 
 
Em nota, o prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, disse não tem nenhum envolvimento no caso, que confia na justiça e que está a disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. 
 
Já Washington Reis disse que atua de forma estritamente técnica e focada nas atribuições e responsabilidades da Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro e que jamais esteve envolvido em qualquer prática irregular relacionada à compra de votos ou realização de boca de urna. 
 
A reportagem aguarda um posicionamento dos demais citados. 
 

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