O prefeito do Rio, Eduardo Paes, determinou um prazo de 48 horas para que a lanchonete instalada dentro do Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul, seja demolida.
A construção gerou polêmica por ficar próxima aos ossuários e jazigos.
Paes usou a internet para criticar a obra. O prefeito classificou a iniciativa como "desrespeito, burrice, mau gosto com falta de civilidade e empatia".
Segundo a Coordenadoria de Cemitérios e Serviços Funerários, vinculada à Secretaria Municipal de Conservação, a obra não foi licenciada e, por isso, é irregular.
Na manhã desta quarta-feira (14), a Coordenadoria notificou a administração do cemitério para que a demolição ocorra. Caso não seja realizada, a pasta fará a demolição na segunda-feira (19).
A construção foi denunciada pelo diretor da Associação de Moradores de Botafogo e do grupo SOS Patrimônio, André Decourt. Ele conta que percebeu que a obra era clandestina.
O Cemitério São João Batista é conhecido por ter jazigos de vários artistas, como os músicos Tom Jobim e Cazuza, de nove ex-presidentes da República, entre outras personalidades.
O cemitério abriu espaço para a construção de uma lanchonete de uma rede conhecida pela venda de mate e pão de queijo, a Mega Matte.
No entanto, só nesta terça-feira (13), a administração do São João Batista pediu autorização para a realização da obra à Prefeitura.
A Bandnews FM tenta contato com a loja Megamatte e com a RioPax, responsável pela adminisstrção do Cemitério São João Batista.