Prédios imponentes, históricos e mal conservados. Cenário que você certamente vai se deparar ao dar uma volta no Centro do Rio. Muitos desses imóveis são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Nem assim, recebem a atenção que merecem.
É o caso da igreja Nossa Senhora do Monte do Carmo, no Centro do Rio, fundada em 1750. Esse ano, o Iphan enviou um documento a Defesa Civil e a Ordem Terceira do Carmo, proprietária do imóvel, alertando para o risco de incêndio. Segundo o superintendente do Iphan no Rio, Paulo Vidal, o problema está na parte elétrica.
Ainda segundo Paulo, os problemas encontrados nesses imóveis poderiam ser minimizados ou até resolvidos se cada um fizesse a sua parte.
Na semana passada, parte da fachada de um prédio dos Correios, que é tombado, desabou.
Ninguém ficou ferido, mas o episódio acendeu o alerta para a precariedade de imóveis no Centro da Cidade. Em 2021, a Prefeitura do Rio começou um plano de recuperação do Centro para atrair empresas e moradores.
Mas para o presidente da Associação Baixo Lapa de Arte e Cultura, San Marco, é preciso ir além.
O último estudo sobre construções históricas foi feito pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano em 2018 e já apontava uma situação preocupante. Só na Região Central do Rio, mais de 500 imóveis estavam em um estado de conservação ruim ou em ruína. Segundo a pasta, o ideal é fazer o levantamento a cada cinco anos, mas ainda não há informação de que ele seja atualizado em 2023.