Preços de testes de dengue aumentam mais de 200%

Segundo a autarquia, os agentes do Procon seguem monitorando as alterações dos valores, para que não ocorram aumentos considerados excessivos

Por Jeane Moraes (sob supervisão)

Procura por testes de dengue dispara nas farmácias
Reprodução/Prefeitura de Uberlândia

Os preços dos exames para detecção do vírus da dengue sofreram uma variação de quase 277% em diferentes pontos do Rio. A informação é do Procon.  

Segundo a autarquia, os agentes seguem monitorando as alterações dos valores, para que não ocorram aumentos considerados excessivos.  

De acordo com o levantamento, os preços dos repelentes também sofreram variações consideráveis. Na Zona Norte, foi identificada uma variação de mais de 66% do mesmo produto em diferentes locais da região.  

Já na Zona Sul, foi encontrada uma oscilação de 43,32% no mesmo repelente.  

Segundo o presidente do Procon RJ, Cássio Coelho, o objetivo da ação é combater os aumentos injustificados de preços durante a epidemia da dengue.

“O objetivo é analisar os preços praticados desde dezembro de 2023 até o momento. Há informações que indicam aumento excessivo dos preços durante esse período de epidemia de dengue. Os produtos revestidos de essencialidade, como o repelente nesse momento, que se tornou um dos principais meios de proteção à saúde do consumidor nessa epidemia, não podem ter aumentos injustificados visando o lucro excessivo. Entendemos que os fornecedores não podem se aproveitar da necessidade premente do consumidor para terem vantagem excessivos, violando a legislação consumista e o PROCOM não admitirá essa conduta”.

A advogada especialista em direito do consumidor, Cátia Vita, afirma que a tendência dos comerciantes é aumentar os valores dos repelentes e dos exames devido a alta procura por parte dos consumidores.  

Ela relata, portanto, que a prática pode ser considerada abusiva.

“Um aumento muito expressivo, um aumento muito exagerado, é um aumento abusivo, é um aumento que deve sim ser chamado às autoridades para que essa conduta não se repita mais. Porque isso é violar o direito do consumidor, se aproveitar da fragilidade do consumidor, que nesse momento tem que comprar esse produto para evitar uma doença, para evitar a dengue”.

A pesquisa feita pelo Procon RJ  foi motivada por relatos e denúncias de altas excessivas no valor de repelentes de inseto no mercado.

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