A Associação Brasileira das Empresas Aéreas pede que as medidas emergenciais que forem adotadas no país para conter eventuais aumentos nos preços dos combustíveis, diante na guerra na Ucrânia, incluam o querosene de aviação.
Segundo a entidade, o consequente encarecimento do produto nos curto e médio prazos pode influenciar o atendimento logístico, a realização de serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos. Ainda na avaliação da ABAER, o possível aumento de preços também impactaria o transporte de cargas e toda a cadeia produtiva do turismo.
Para o diretor da FGV Transporte, Marcus Quintella, o reajuste pode, inclusive, comprometer a retomada da aviação para 2024.
Na análise da professora de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio, Lucia Helena Salgado, o conflito no leste europeu pode sim influenciar nos preços das passagens, mas ainda é muito cedo para avaliar algum impacto em relação ao setor de turismo.
Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas destacou que a invasão russa à Ucrânia fez com que as cotações do petróleo se aproximassem de US$ 140,00, maior valor desde 2008.
De acordo com a entidade, a alta pressiona ainda mais o preço do querosene de aviação que, no ano passado, alcançou o maior patamar, acumulando alta de 76,2%, superando as variações do diesel, da gasolina e do gás de cozinha, com base em dados da ANP.