Termina nesta quarta-feira (19) o prazo de 48 horas para que o Hurb, antigo Hotel Urbano, reembolse os clientes que tiveram pacotes cancelados ou ofereça as viagens para aqueles que ainda quiserem. O juiz Paulo Assed Estefan estipulou o pagamento de multa de 10 mil reais para cada caso em que a determinação não for cumprida.

Segundo o magistrado, diversos negócios realizados não foram honrados pela empresa, seja pela apresentação de dificuldades para marcação da viagem contratada ou por irregularidades na liberação do reembolso.

A medida ocorre no âmbito de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público e pelo Instituto Brasileiro de Cidadania.

No ano passado, milhares de clientes perderam as viagens marcadas após diversos estabelecimentos cancelarem as diárias agendadas pela plataforma alegando falta de pagamento.

O diretor jurídico do Instituto Brasileiro de Cidadania e advogado especializado em direito do consumidor, Gabriel de Britto, explica que, após o prazo dado ao Hurb, os consumidores precisam comprovar que as solicitações não foram atendidas pela empresa.

O juiz Paulo Assed Estefan ainda negou um pedido de bloqueio de bens da companhia, com a justificativa de que os valores precisam ser usados para pagar os clientes.

Questionado pela reportagem, o Hurb manteve o mesmo posicionamento que divulgou no início do mês, logo após a decisão judicial. A empresa reconheceu os problemas enfrentados e disse que lamenta a frustração dos clientes impactados, mas não comenta processos judiciais em andamento. A empresa também disse que trabalha para normalizar as operações e garantiu que vai cumprir as viagens contratadas ou devolver o dinheiro.