Prates espera que Petrobras perfure trecho da Margem Equatorial no Amapá

A declaração foi dada durante um seminário sobre transição energética, junto com o BNDES, no Rio de Janeiro

Por Mariana Albuquerque

Jean Paul Prates, ainda em discurso, afirmou que não há conflito intergovernamental
Reuters

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que espera que a estatal perfure até o primeiro semestre do ano que vem a região da Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, no Norte do País. A declaração foi dada durante um seminário sobre transição energética, em parceria com o BNDES, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (11). Segundo Prates, o prazo máximo esperado é até o fim do ano.

Na última semana, o Ibama concedeu uma licença para a Petrobras perfurar em duas áreas da Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte. A licença ambiental para a atuação na Bacia da Foz do Amazonas, que mais interessa à Petrobras, ainda não foi emitida pelo IBAMA. Em maio, o Instituto negou a autorização, considerando possíveis prejuízos ao meio ambiente e às comunidades indígenas da região.

Jean Paul Prates, ainda em discurso nesta quarta, afirmou que não há conflito intergovernamental e que as negociações estariam fluindo dentro de um pedido de licenciamento que envolve 16 perfurações na margem. Prates disse que a empresa é a única com capacidade para explorar a região.

O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, também participou do seminário e disse que quer estreitar lanços com a Petrobras, também sobre a exploração. 

Mercandante defendeu também que a renda do petróleo seja um instrumento para a preservação da Amazônia. Segundo o presidente do BNDES, o lucro também pode ser um diferencial para o Brasil acelerar a transição energética e o processo de descarbonização.

Pelo acordo de Paris, até 2050, o Brasil se comprometeu a alcançar emissões de gás carbônico líquidas neutras, isto é, tudo o que o país emitir precisa ser compensando, com plantio de florestas, recuperação de biomas ou outras tecnologias.

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