População em situação de rua na cidade do Rio sobe 8,5% em dois anos

Dados fazem parte do Censo de População em Situação de Rua 2022 realizado pela Prefeitura do Rio e divulgado nesta sexta-feira

Por Nicolle Timm

População em situação de rua na cidade do Rio sobe 8,5% em dois anos
TV Band

O número de moradores em situação de rua aumentou 8,5% em dois anos na cidade do Rio de Janeiro. Subiu de 7.272 para 7.865. Mas isso incluindo pessoas que vieram das ruas e que atualmente estão em centros de acolhimento. Quando se trata apenas daquelas que estão vivendo nas ruas, o aumento é ainda maior. Passou de 4.245 para 5.026. Um crescimento de 18%.

Os dados fazem parte do Censo de População em Situação de Rua 2022 realizado pela Prefeitura do Rio e divulgado nesta sexta-feira.

Entre os resultados, o levantamento apontou que as cenas de uso de drogas também aumentaram de 1.190 para 1.227. Outro destaque da pesquisa foi o perfil dos moradores em situação de rua. O número de idosos vivendo nas ruas aumentou 26%, tendo a maior parte deles entre 60 e 69 anos.

Os dados também apontaram que a maior parte (54%) dos moradores em situação de rua na cidade do Rio são da Baixada Fluminense. 16,2% são de outro município do Rio e 7,4% são de outros estados.

A pesquisa mostrou ainda que essas pessoas estão espalhadas por todas as regiões da cidade, mas a maior concentração é no Centro, seguida de Copacabana, na sequência a Maré, na zona norte, e em quarto lugar Botafogo, na zona sul.

De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, o censo é fundamental para mapear essa população e conseguir elaborar políticas públicas voltadas para demandas específicas.

A secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, participou da apresentação dos dados do Censo representando o governo federal, que já conversa com a prefeitura para fazer parcerias.

Esse é o segundo censo de população em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro realizado pela prefeitura. O outro foi feito em 2020, depois que um decreto municipal determinou que o levantamento fosse realizado a cada dois anos.

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