Dois homens acusados de roubos a caixas eletrônicos foram presos pelas Polícias Civil e Rodoviária Federal, na segunda-feira (26). Um deles ainda integra a quadrilha responsável pelas recentes explosões em agências bancárias na Capital, Região Metropolitana e Baixada Fluminense.
Carlos Augusto Barros Junior foi localizado na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, na Zona Sul, enquanto Felipe da Silva Neves foi preso logo em seguida, na Estrada do Dendê, na Ilha do Governador, na Zona Norte. Os dois tinham mandados de prisão em aberto.
Segundo as investigações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), eles participaram de um roubo no fim do mês de junho em Padre Miguel, na Zona Oeste. Os criminosos portavam fuzis e pistolas e estavam vestidos com camisas da Polícia Civil. Os bandidos renderam funcionários de uma empresa de transporte de valores que realizavam o conserto do caixa eletrônico de uma farmácia.
Durante a análise das imagens de câmeras de segurança da farmácia e de outros estabelecimentos da região, os investigadores constataram que quatro dias antes do roubo um homem identificado como André Luiz Gonçalves de Almeida, o Coroa, de 51 anos, esteve no local e simulou uma operação no caixa eletrônico para aplicar cola instantânea no dispositivo chamado módulo pagador.
O delegado Luís Henrique Marques explica que Coroa aprendeu essa tática criminosa porque já trabalhou como vigilante abastecendo caixas de autoatendimento em uma grande empresa de transporte de valores e que esse esquema provoca um defeito no equipamento, garantindo a necessidade do conserto por intermédio da abertura do cofre, o que viabilizou a atuação dos demais criminosos. Os assaltantes conseguiram levar mais de R$ 380 mil nesse assalto, além das armas dos vigilantes. Toda a ação dura menos de um minuto. Coroa foi preso em julho por PMs.
O delegado Luís Henrique Marques disse ainda que investigações da DRF ainda revelaram que Carlos Augusto Barros Junior, preso na segunda-feira (26), integra a organização criminosa responsável pela recente onda de explosões em agências bancárias, tendo atuado efetivamente em três desses ataques.
A mesma quadrilha foi responsável pelas ações ainda em Niterói, São Gonçalo, Vila Isabel, Taquara e São João de Meriti.