Emoção, homenagens e aplausos marcaram a despedida de parentes e amigos do agente da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil morto durante ataque de criminosos em Barra da Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.
O corpo de João Pedro Marquini Santana, de 38 anos, foi enterrado na tarde desta terça-feira (1º) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Um helicóptero da polícia sobrevoou o local e jogou rosas durante a cerimônia.
O secretário de Polícia Civil Felipe Cury e o delegado Fabrício Oliveira também estiveram presentes.
Policial exemplar, muito amado por todos, o agente tinha dez anos de carreira policial e foi destaque em um curso da SWAT Miami, nos Estados Unidos. Ele foi primeiro colocado em uma seletiva e iria fazer um treinamento como atirador de elite no BOPE.
O policial trafegava pela Avenida Arthur Xexéo, na Serra da Grota Funda, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, quando foi abordado por criminosos, na noite do último domingo. Marquini conseguiu telefonar para um amigo policial militar e colocou a ligação no viva-voz. Ele foi atingido por cinco tiros de fuzil. A esposa do agente, a juíza Tulla Corrêa de Melo, dirigia um outro automóvel, blindado. O casal estava em carros separados porque tinha levado um deles no mecânico. Tulla conseguiu dar ré para fugir e não se feriu.
Logo após o crime, a CORE fez uma operação na comunidade César Maia, também na Zona Oeste, para localizar os bandidos. Em meio ao tiroteio, os agentes recuperaram dois veículos. Um dos carros era de João Pedro. Das duas armas que estavam no automóvel, uma foi recuperada. Os agentes apuram se o outro carro foi usado pelos criminosos. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso e descartou a hipótese de execução.
João Pedro Marquini deixa a esposa, dois filhos e dois enteados.