Os dois policiais militares que ficaram feridos durante a operação que deixou 10 mortos no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, já receberam alta. Segundo a PM, a ação não deixou outros inocentes feridos. Dois suspeitos estão internados no Hospital Estadual Gerúlio Vargas, na mesma região. O policiamento já foi normalizado na região nesta quinta-feira (3).
Segundo a corporação, a operação teve o objetivo de prender criminosos do Comando Vermelho que estavam escondidos na Penha e impedir uma movimentação de bandidos que buscavam invadir outras comunidades da região. De acordo com a PM, a facção tem buscado desde o início do ano a ampliação da área de atuação.
Durante a operação, os criminosos atearam fogo em barricadas para impedir que os policiais chegassem até a comunidade e dificultar a visibilidade dos agentes. Os bandidos ainda vestiam roupas camufladas parecidas com a do Batalhão de Operações Especiais. Para se diferenciar dos suspeitos, os policiais chegaram a colocar faixas em alguns locais do corpo.
Embora a Secretaria de Saúde divulgue que 10 pessoas morreram, a PM fala em nove criminosos mortos no confronto.
O gerente do tráfico de drogas da região da Chatuba, Carlos Alberto Marques Toledo, conhecido como Fiel da Penha, foi morto durante a troca de tiros. Ele vinha sendo procurado pela polícia e tinha sete mandados de prisão em aberto.
Sete fuzis, munição e granadas foram apreendidos pelos policiais. Por causa da operação, o atendimento em unidades de saúde e escolas foi prejudicado. Pelo menos três mil e duzentos estudantes ficaram sem aulas.
Em maio, outra operação deixou seis mortos no Complexo da Penha. Quatro eram considerados suspeitos pela Polícia Militar.