Polícia prende homem acusado de participar de invasão ao Morro dos Macacos

William Sousa Guedes, conhecido como Corolla e Chacota, é apontado como chefe do tráfico de drogas do Morro São João, no Engenho Novo

Por Pedro Dobal

Polícia prende homem acusado de participar de invasão ao Morro dos Macacos
Bandido é preso
Reprodução

O homem preso durante uma operação da Polícia Civil na Zona Norte do Rio nesta quarta-feira (3) é acusado de participar das tentativas de invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, que provocaram diversos confrontos entre criminosos rivais nos últimos meses.

William Sousa Guedes, conhecido como Corolla e Chacota, é apontado como chefe do tráfico de drogas do Morro São João, no Engenho Novo. Ele era considerado homem de confiança do traficante Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, um dos principais nomes do Comando Vermelho.  

Corolla tinha nove mandados de prisão em aberto e foi preso no Jacarezinho, também na Zona Norte. Ele ainda é acusado de envolvimento na morte de um policial militar em janeiro de 2019.

Um carro, uma moto e uma pistola foram apreendidos com ele.

Essa foi a quarta ação da Polícia Civil que tentou prender o traficante. O delegado Pedro Cassundé, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, destaca que o preso tinha função estratégica dentro da facção.  

A ação foi realizada de forma coordenada com outra operação deflagrada no Complexo da Maré, que teve como objetivo combater um esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho. Corolla era um dos 16 alvos de mandados de prisão.

Outro traficante procurado pelos policiais é Jorge Luis Moura Barbosa, chefe do tráfico no Parque União, uma das favelas do complexo. O bandido, conhecido como Alvarenga, tem 86 anotações criminais e aparece em 175 inquéritos policiais.  

Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços dentro e fora da comunidade.

Uma moradora da região, que teve a identidade preservada, conta que houve tiroteio na chegada dos policiais.

De acordo com as investigações, o Parque União vem sendo utilizado há anos para a lavagem de dinheiro do crime organizado, através de diversos empreendimentos. Entre eles, um condomínio de 300 unidades que teria sido construído com valores obtidos pelo tráfico de drogas. Os bandidos também atuavam por meio de restaurantes, whiskerias e outros comércios para mascarar a origem das movimentações financeiras.

A investigação ainda aponta a participação no esquema de um ex-presidente da Associação de Moradores do Parque União, que é acusado de receber dinheiro dos traficantes e repassar as quantias a terceiros.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 22 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais realizadas na região na manhã desta terça-feira (3).

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