Polícia Militar tenta diminuir impactos da violência contra motoristas de vans

Centenas de profissionais da categoria participaram de uma manifestação contra falta de segurança

Por Daniel Henrique

Polícia Militar tenta diminuir impactos da violência contra motoristas de vans
Motoristas de vans protestam no Rio
Reprodução/TV Band

A Polícia Militar vai readequar a estratégia de atuação para diminuir os impactos da violência contra motoristas de vans de turismo. A decisão foi tomada durante uma reunião nesta segunda-feira (27), pelo comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, que ouviu dos motoristas os principais pontos e rotas onde estariam acontecendo os crimes e detalhes sobre a atuação dos bandidos.

O encontro aconteceu após centenas de profissionais da categoria participarem, nesta segunda, de uma manifestação contra a falta de segurança durante o serviço.

Nas faixas expostas nos veículos, era possível ler que pelo menos três vans são roubadas por dia no estado do Rio. A partir dos roubos, os criminosos desmontam os veículos e vendem as peças.

No protesto, os profissionais reivindicaram maior atenção das forças de segurança.

Benedita da Costa é dona de uma empresa de transporte turístico. Ela conta que já teve três veículos roubados, o último deles, em fevereiro.

Três vans roubadas, a última, sequestraram o motorista, machucaram muito ele, na passarela 9 da Avenida Brasil. Com bastante violência. Chegam, levam, roubam a van. Essa foi a mais complicada porque o motorista ficou sequestrado duas horas. Bem machucado, bateram muito. Todas as três, nenhuma apareceu. O prejuízo é muito grande, cada uma dessas custa R$ 400 mil.

 Segundo os manifestantes, a maior parte dos roubos acontece na Avenida Brasil. No entanto, o motorista Otávio Mothe afirma que os criminosos não se restringem às vias expressas.

Agora eles estão vindo até o nosso encontro. Ou seja, Aeroporto do Galeão, Maracanã, Sambódromo já teve van roubada, posto de gasolina na Avenida Brasil. Tão indo em pontos que a gente tem acesso. E o modos operandi quase o mesmo. São duas motos com três elementos, as vezes quando a gente está parado ele bate no vidro pra fingir que tá pegando alguma informação e mandam a acompanhar eles. Na hora que podem, eles entram na van, botam o motorista do lado, ficam circulando e depois liberam o motorista, sem celular, sem nada.

Durante a manifestação na manhã desta segunda-feira (27), o comboio com mais de cem veículos saiu da Ilha do Governador, na Zona Norte da capital fluminense, e seguiu até o Aterro do Flamengo, na Zona Sul.

Mais notícias

Carregar mais