Polícia marca depoimento de profissionais que atuaram no caso da passista

A família acusa o hospital de omissão de informações

Por Mariana Albuquerque

Polícia marca depoimento de profissionais que atuaram no caso da passista
Polícia marca depoimento de profissionais que atuaram no caso da passista
Reprodução/ Arquivo pessoal

A Polícia Civil marcou para quinta (27) e sexta-feira (28) os depoimentos dos profissionais do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, em Botafogo, sobre o caso da passista que teve um braço amputado após uma cirurgia para a retirada de miomas no útero. A família acusa o hospital de omissão de informações.

Alessandra dos Santos Silva foi internada no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e, depois, transferida para a unidade da Zona Sul do Rio.

Na terça (26), a polícia ouviu os médicos do primeiro hospital a atender a passista. O profissional que atuou na terapia intensiva disse que medicamentos podem ter causado o estreitamento de vasos, levando à necessidade de amputação do braço. Outro médico ouvido, responsável pelo atendimento ginecológico, contou que foi detectado um agravamento no quadro vascular e que houve a necessidade da retirada total do útero.

A Secretaria de Estado de Saúde enviou uma nota informando que Alessandra teve um choque hemorrágico, precisou retirar todo o útero e receber altas doses de medicamentos que provocam estreitamento dos vasos sanguíneos. Um dos possíveis efeitos adversos é a necrose de extremidades do corpo.

A pasta também afirmou que, após a medicação, as extremidades do corpo de Alessandra ficaram frias e, por isso, os membros foram enfaixados. Ainda segundo a nota, um exame indicou que havia uma obstrução no braço esquerdo, e, por isso, a passista precisou ser transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, que uma unidade especializada. Lá, o braço dela precisou ser amputado.

Ainda segundo a secretaria, uma cirurgia chegou a ser feita para tentar desobstruir as artérias, mas o quadro de saúde, evoluiu para insuficiência hepática e renal e distúrbio de coagulação grave.

Parente de Alessandra dos Santos, Lucas Matarazzo reafirmou que o Hospital da Mulher não informou à família sobre o quadro de saúde de Alessandra e que ela está muito abalada com a situação.

A Fundação Saúde disse que abriu uma sindicância para apurar o caso. A Polícia Civil já recebeu os dados do protuário e afirmou que vai encaminhar o material ao Instituto Médico Legal.

Mais notícias

Carregar mais