A Polícia Civil investiga se uma tentativa de homicídio no Catumbi, na Zona Norte do Rio, foi motivada por uma guerra pelo controle de quase 50 pontos de jogo do bicho, entre contraventores e integrantes de uma quadrilha de cigarros contrabandeados. Luiz Henrique de Souza, de 22 anos, teve o carro atacado por cerca de 40 tiros de fuzil na última sexta-feira (14). O motorista de aplicativo foi atingido por quatro disparos, no braço, na perna, nas nádegas e nas costas. Ele conseguiu deixar o veículo e está internado no Hospital Souza Aguiar, no Centro.
Intimado para prestar depoimento na Delegacia da Cidade Nova (6ª DP) sobre o atentado contra o motorista, o pai da vítima, Luiz Cabral, admitiu à Polícia Civil que gerencia quase 50 pontos de jogo do bicho, que funcionam em diversos bairros da Zona Sul e da Zona Norte, para uma família. No entanto, ele diz que o fillho não tem envolvimento com o esquema, mas às vezes, dá carona para o pai.
Luiz afirma que no dia anterior ao crime, recebeu uma ligação de contrabandistas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que disseram quem caso ele não começasse a trabalhar para o grupo, ele corria risco de morte.
Ainda segundo Luiz Cabral, o filho estava indo encontrá-lo no dia do ataque. Desde então, Luiz afirma que tem vivido escondido e não sai nem para visitar o filho.
O advogado André Bergeralck afirma que vai pedir ao Ministério Público do Rio que pai e filho sejam incluídos em um programa de proteção à testemunha.
A Polícia Civil informou que já solicitou imagens de câmeras de monitoramento que possam ter flagrado o crime.