Polícia investiga se criança de um ano atendida por anestesista sofreu abusos

Andres Eduardo Carrillo foi preso acusado de estupro e de armazenar vídeos e fotos de pornografia infantil

Por Thuany Dossares

Polícia investiga se criança de um ano atendida por anestesista sofreu abusos
Anestesista foi preso acusado de estupro e armazenamento de pornografia infantil
Divulgação

A Polícia Civil investiga se uma criança de apenas um ano de idade atendida pelo anestesista colombiano Andres Eduardo Carrillo sofreu algum tipo de abuso sexual.

O pai procurou a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), na terça-feira (17), após ver a repercussão da prisão do médico acusado de estupro e de armazenar vídeos e fotos de pornografia infantil.

Ele reconheceu Andres como o responsável por fazer o procedimento na menina, que é paciente oncológica e precisava fazer uma ressonância magnética.

No depoimento, a qual a Bandnews FM teve acesso, o pai afirma que Andres pediu que ele e a esposa deixassem sala no momento em que a criança fosse anestesiada. Só depois ele poderia entrar para acompanhar o exame.

Segundo o relato, o processo de anestesiar e intubar a menina levou de 20 a 30 minutos e foi acompanhado por uma enfermeira. No entanto, a profissional saiu saiu da sala algumas vezes e criança, que usava apenas uma camisola hospitalar, ficou sozinha com o acusado.

O pai ainda afirmou que viu o anestesista com o celular diversas vezes. O aparelho está entre os materiais apreendidos pela Polícia Civil. Os agentes agora vão analisar o conteúdo dos aparelhos e computadores apreendidos, inclusive o que já foi apagado, para checar se há alguma imagem dessa menina de um ano ou de outras crianças.

Nesta quarta-feira (18), dois médicos anestesistas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, também estiveram na Dcav para prestar depoimento. Uma testemunha é o chefe da anestesia da unidade de saúde, Jorge Calasans, e a outra é uma mulher responsável por monitorar os procedimentos feitos por residentes.

Jorge Calasans disse que Andres era sempre supervisionado em seus procedimentos , mas que pode ter se aproveitado de raros momentos em que ficava sozinho com pacientes. O médico conta que ficou surpreso com as acusações.

O delegado Luís Henrique espera concluir o inquérito e envia-lo a justiça ainda esta semana. Até o momento, os investigadores concluíram que duas mulheres foram vítimas de Andres Carrillo, no entanto, ele possui apenas um mandado de prisão.

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