A Polícia Civil investiga se os criminosos que atacaram uma agência bancária na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, planejavam fugir pelo mar.
Os bandidos usaram explosivos e fuzis. Segundo as investigações, eles pretendiam acessar o cofre de uma unidade da Caixa Econômica Federal, mas grande parte da quadrilha foi presa.
A rota de fuga dos criminosos pela Baía de Guanabara possibilitaria escapar de um provável cerco policial nas únicas saídas do bairro pela terra, na Linha Vermelha, como conta o delegado da Coordenadoria de Recursos Especiais, Fábio Salvadoretti.
O crime aconteceu nesta quinta-feira (11). A quadrilha já estava sendo monitorada pela inteligência da Polícia Civil.
A entrada da agência ficou destruída. A maçaneta da porta foi parar no meio da rua com o impacto da explosão. O esquadrão anti-bombas foi acionado para retirar os artefatos do local. Alvo da quadrilha, os 3 milhões de reais do cofre da agência não foram roubados.
De acordo com a inteligência da polícia, o ataque foi organizado por chefes do Comando Vermelho que atuam no Complexo do Alemão, também na Zona Norte. Ao todo, onze criminosos foram presos.
A Polícia Civil já identificou pelo menos dois tipos de explosivos usados na ação. Um com pólvora negra e outra parte com emulsão encartuchada. Um deles é usado na confecção de fogos de artifício e o outro, na construção civil. Segundo o delegado Salvadoretti, na quantidade que foram encontrados, os explosivos poderiam colapsar todo o prédio da agência bancária.
A polícia investiga também se a quadrilha interestadual é responsável por outros ataques parecidos no Rio de Janeiro e em outros estados do país. Pelo menos 21 bandidos que participaram da ação estão foragidos.
Não é a primeira vez que bandidos da mesma facção criminosa planejam usar barcos para fugas.
Em junho de 2022, uma agência na Ilha da Conceição, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, também foi atacada por traficantes da facção.