Polícia investiga responsáveis por explosão de carro no Morro do Dendê

Um homem que estava dentro do veículo ficou ferido e foi levado para o Hospital Municipal Evandro Freire

Por Gabriela MorgadoClara NeryGabriela Souza

Polícia investiga responsáveis por explosão de carro no Morro do Dendê
Carro que explodiu no Morro do Dendê
Divulgação

A Polícia Civil apura se criminosos do Comando Vermelho foram os responsáveis por deixar um artefato explosivo dentro de um carro, que explodiu no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, região dominada pelo Terceiro Comando Puro. Um homem que estava dentro do veículo ficou ferido e foi levado para o Hospital Municipal Evandro Freire. Não há informações sobre o estado de saúde dele, nem confirmação se ele é suspeito.

O caso aconteceu na segunda-feira (5).

A polícia também investiga como se deu a detonação do artefato, que ainda passa por perícia, para que a dinâmica da explosão seja esclarecida.

O antropólogo e capitão veterano do BOPE Paulo Storani ressalta que explosivos podem ser comprados na Internet e que os mecanismos de acionamento podem ser conectados a dispositivos eletrônicos com temporizadores ou à distância. Storani afirma que esses aparelhos não costumavam ser usados por traficantes.

O caso acontece cerca de um mês depois das denúncias de que bandidos estavam usando drones adaptados com granadas na guerra entre facções, nas regiões da Cidade Alta e da favela do Quitungo, na Zona Norte do Rio.

Na época, o governador Cláudio Castro chegou a dizer que as polícias Civil e Militar do Rio iriam iniciar um projeto anti-drone para impedir a utilização do equipamento adaptado por facções criminosas. Procurado, o Gabinete de Segurança Institucional do Governo do Estado disse que a ação já vinha sendo analisada antes das denúncias e que estão sendo feito estudos para buscar no mercado a melhor tecnologia para ferramentas antidrone.

Em junho, o Morro do Dendê foi alvo de uma operação da PM após denúncias de extorsão e sequestro de motoristas de aplicativo que atuam na região. Duas pessoas foram presas e dois carros roubados foram recuperados. Segundos os investigadores, bandidos cobravam taxas semanais de R$150.

Seis criminosos foram denunciados pelo Ministério Público por envolvimento no esquema. Entre eles, Mário Henrique Paranhos de Oliveira, conhecido como Neves ou Nem, chefe do tráfico do Morro do Dendê, um dos presos na ação.

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