Funcionários da Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde um vigilante morreu baleado neste domingo (12), denunciam a falta de segurança no local. Leonardo Lopes da Silva, de 39 anos, foi atingido durante um confronto com um criminoso.
Segundo relatos, um bandido invadiu a área da Reduc depois de tentar roubar um ônibus na Rodovia Washington Luiz, e rendeu um segurança do local. Outros dois vigilantes que presenciaram a cena, entre eles Leonardo, acabaram trocando tiros com o criminoso. O vigilante foi baleado e chegou a ser levado para o Hospital Adão Pereira Nunes, na mesma região, mas não resistiu. Já o criminoso conseguiu fugir. O caso aconteceu por volta das duas e meia da tarde de domingo.
A Polícia Civil investiga o crime.
O técnico de operação Carlos Eduardo Corrêa de Barros estava trabalhando na refinaria no momento do tiroteio. Ele conta que o crime lembrou outra situação de violência, quando ele também foi vítima.
Profissionais da categoria dizem que episódios como esses têm sido frequentes. Segundo o Sindipetro Caxias, em meados de 2022, um carro com dois bandidos, fugindo da polícia, também invadiu a refinaria.
Nesta segunda-feira (13), uma assembleia já estava prevista para discutir as condições de trabalho no local, já que funcionários denunciam que os alimentos servidos estão estragados, azedos, crus e com insetos. Por causa da morte do vigilante, a insegurança também entrou em pauta, como explica o presidente do Sindipetro Caxias, Marcello Bernardo. Segundo ele, o efetivo na Reduc é muito baixo considerando a dimensão da refinaria.
Em nota, a Petrobras lamentou a morte do vigilante terceirizado e disse que está atuando junto com a empresa para prestar assistência à família da vítima.